sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Oração da Noite

Cântico: Deixa Deus entrar

Ré Lá7
Deixa Deus entrar na tua própria casa
Ré Si-
Deixa-te tocar pela sua Graça
S i Mi -
Dentro, em segredo, reza-Lhe sem medo
Re Lá Lá Ré
Senhor! Senhor! Que queres que eu faça?
Ré Sol -
Só no fundo do ser eu vou encontrar
Mi - Lá
As razões de viver, as razões de amar

É bem dentro de nós que está a rai z

Que nos faz amar e ser fel i z .
Tanta coisa me impede de O escutar
Me desvia da meta que me propus
Vou ter a coragem de O deixar ent r a r
Vou segui r o clarão da Sua Luz!

Vou consentir que o Seu olhar de Amor
Se fixe em mim e eu me deixe olhar
Eu vou-me abr i r n um acto l i v re ao Senhor
Eu vou ser de Deus, vou deixá-lo ent ra r .

Leitura
Conhecimento e Amizade com São Francisco


Ouvindo falar de Francisco, cujo nome se ia tornando célebre e que, como homem novo, renovava com novas
virtudes o caminho da perfeição tão abandonado pelo mundo, desejou vê-lo e escutá-lo. Neste propósito era movida
pelo Pai dos Espíritos (Heb 12, 9), que, por diversos caminhos, a ambos conduzia.
Na verdade a fama de tão prendada menina, despertou em Francisco a vontade de a ver e de com ela dialogar.
Levado de zelo pelo Reino, alimentava a esperança de arrebatar esta
tão nobre presa à perversidade do século (Gal 1, 4) e entregá-la ao seu
Senhor. Visitava-a ele, e ela mais vezes a ele. Mas as visitas eram
espaçadas, não dando azo a que qualquer pessoa se apercebesse
daquela santa amizade e se corresse o risco de ser desacreditada na
opinião pública. Quando Clara saía de casa e se encontrava a sós com
o homem de Deus, cujas palavras a inflamavam e cujas obras lhe
pareciam sobre-humanas, era acompanhada somente por uma amiga.
O Pai São Francisco exortava-as a desprezar o mundo. Demonstravalhe
com vivacidade como é ilusória a esperança terrena e insensatos
os atractivos mundanos. Procurava convencê-la da doçura da união
esponsal com Cristo e convidava-as a guardar a jóia da virgindade para
Aquele ditoso Esposo que por nosso amor se fez homem.
Para quê mais insistências? Seguindo as solicitações do Pai
Santíssimo que nela actuava como do fidelíssimo e hábil mediador, a
virgem não tardou a dar o seu consentimento.
Depressa se sentiu atraída pelas eternas alegrias, cujo sabor supera em muito os gozos mundanos. Ardia no desejo
de as alcançar e ansiava, por amor, a união suprema. Inflamada pelo fogo celeste, olhava a vaidade das glórias
terrenas com tal desprezo que nenhum atractivo mundano lhe enchia o coração. Abominando as seduções da
carne, propôs-se desde logo renunciar ao casamento (Sab 3, 13). Não tinha outro desejo senão fazer do seu corpo
um templo para Deus e ser merecedora da união com o grande Rei.
Confiava-se inteiramente aos conselhos de Francisco, escolhendo-o, depois de Deus, para mestre na sua
caminhada. A sua alma dependia dos prudentes conselhos deste e ouvia e acolhia em seu ardente coração tudo
quanto lhe comunicava sobre o bom Jesus. Perdeu o gosto pelos ornamentos mundanos e para ganhar a Jesus
Cristo, considerava esterco (Fil 3, 8) tudo o que o mundo aplaude.
(Fontes de Santa Clara)


Silêncio/Interiorização

Necessito de ti Senhor!
Porque sem Ti a minha vida seca.
Queria encontrar-Te na oração,
na tua presença inconfundível,
durante esses momentos em que o silencio
está à minha frente, diante de Ti.
Queria procurar-Te!
Queria encontrar-Te no mundo que criaste;
Na transparência de um horizonte longe
e na profundidade de um bosque
que protege com as suas folhas
todas as pessoas.
Precisava de te sentir!
Queria encontrar-Te nos teus sacramentos,
no reencontro com o teu perdão,
ao ler a tua palavra,
no mistério da tua entrega radical.
Precisava de te sentir!
Queria encontrar-te em todas as pessoas
na necessidade de quem se sente pobre
no amor dos meus amigos,
no sorriso de uma criança
e no barulho da multidão.
Tenho que Te ver!
Queria encontrar-Te, ainda, na minha pobreza,
nas capacidades que me deste,
nos meus desejos e sentimentos,
no trabalho e no descanso,
e um dia, na debilidade da minha vida,
quando me aproximar das portas
e me encontrar pessoalmente contigo.
(Teilhard de Chardin)

Cântico: O meu dia chegou ao fim

Dó F á S o l
Mãe, o meu dia chegou ao fim
Dó Mi Lá-
Sinto uma paz dentro de mim
Ré- Fá Sol
E estou feliz no meu cansaço:
Dó Fá Sol
Mãe, por tudo o que eu fui e dei
Dó Mi Lá-
Leva o meu obrigado ao Pai
Ré- Fá Dó
Enquanto fico em teu regaço.

F á Sol Dó
Aqui, vou encontrar o que procuro
Lá- Ré- Sol
Mais energia para dar e para ser.
F á Sol Dó
Mãe! Confio-me a Ti , és meu seguro
Ré- Fá Sol
E sinto bem que Tu me estás a Acolher

Aqui, o abandono fi l i a l
Vou aprender e em teu colo experimenta r .
Mãe! Confio a t i o meu Ideal
E sinto bem que tu me estás a Transformar!

Aqui, tu me preparas para a Missão
Seara enorme, paciente, a esperar
De novo faço a minha consagração
Sei que amanhã voltar-me-ás a env i a r .

1 comentário:

Anónimo disse...

É impossível não ser nostálgica. Ainda para mais nesta quadra natalícia!...
Este cântico a Maria é lindo e muito profundo. Leva-me a recuar uns qtos. anos e reviver o acampamento de Montariol/88. Foi, simplesmente, fantásticoooooo!