quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Oração Inicial

“Irmãos recomecemos…”- Esta frase, atribuída a São Francisco de Assis, deixa antever perfeitamente a sua atitude perante a vida. O passado, para ele, contava pouco, porque, além de o recordar como tempo perdido, estava fora do âmbito da criatividade.
O que realmente lhe interessava era o presente, que nos modela e define; dito de outra maneira, viver o presente é definitivo, porquanto é no tempo presente que encaixam as nossas opções para conseguirmos ser o que sonhamos. Daí o facto de estarmos sempre a começar, a decidir a rota do nosso caminho, o destino do nosso futuro.
Francisco entendeu a sua vida como uma resposta agradecida ao chamamento criador do Senhor. E a esse chamamento, sempre novo e renovador, que se escuta no presente, só na actualidade se lhe pode dar resposta. Por isso, procurou, dia a dia, a melhor forma de ser fiel a esse projecto que se manifestava como a vontade actualizada de Deus sobre a forma e o destino da sua vida.
O presente era para ele esse momento da graça em que podia esquecer o seu velho passado e modelar livremente o seu futuro de acordo com a novidade que o seguimento de Jesus lhe inspirava.
Por isso, não estranha que os seus contemporâneos tenham visto em Francisco esse homem novo que incarnava a frescura do Evangelho e despertava a necessidade de começar a viver o quotidiano de uma forma nova. Uma novidade que se caracterizava pelo abandono e pastoreio dos próprios desejos para caminhar com entusiasmo ao encontro de Deus e dos outros.
Mas, de Francisco, podia dizer-se que não só era o homem novo como também o homem do futuro, dado que nele se reflectia o ideal cristão, o que todos queriam e desejavam ser.
A novidade que Francisco apresenta ao homem do seu tempo, embora valorize o presente como fundamental, é que essa nova forma de viver também tem futuro, pelo que é a chave do entendimento entre os homens.
O novo modo de ter uma experiência de Deus e, por conseguinte, do ser humano -com a sua carga de dignidade e respeito - o mesmo que à natureza, da qual formamos parte, constitui a garantia de que não estávamos condenados a viver só o presente mas que temos vocação de futuro onde possamos projectar nossos sonhos e vê-los, um dia, plenamente realizados.
Francisco, como homem novo que tem futuro, convida-nos a começar todos os dias a nossa tarefa de viver o nosso projecto evangélico. Porque esperamos?
(Frei Júlio Mico)


Cântico: Deixa Deus entrar

Ré Lá7
Deixa Deus entrar na tua própria casa
Ré Si-
Deixa-te tocar pela sua graça
Si Mi-
Dentro, em segredo, reza-Lhe sem medo
Re Lá Lá Ré
Senhor! Senhor! Que queres que eu faça?

Ré Sol-
Só no fundo do ser eu vou encontrar
Mi- Lá
As razões de viver, as razões de amar

É bem dentro de nós que está a raiz

Que nos faz amar e ser feliz.




Tanta coisa me impede de O escutar
Me desvia da meta que me propus
Vou ter a coragem de O deixar entrar
Vou seguir o clarão da Sua Luz!

Vou consentir que o Seu olhar de Amor
Se fixe em mim e eu me deixe olhar
Eu vou-me abrir num acto livre ao Senhor
Eu vou ser de Deus, vou deixá-Lo entrar.



Leitura:
1Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois, a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes; 2com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor, 3esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; 5um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos. 7Mas, a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo. 8Por isso se diz: Ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro, deu dádivas aos homens. 9Ora, este «subiu» que quer dizer, senão que também desceu às regiões inferiores da terra? 10Aquele que desceu é precisamente o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, a fim de encher o universo. 11E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres, 12em ordem a preparar os santos para uma actividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo, 13até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo. 14Assim, deixaremos de ser crianças, batidos pelas ondas e levados por qualquer vento da doutrina, ao sabor do jogo dos homens, da astúcia que maliciosamente leva ao erro; 15antes, testemunhando a verdade no amor, cresceremos em tudo para aquele que é a cabeça, Cristo. 16É a partir dele que o Corpo inteiro, bem ajustado e unido, por meio de toda a espécie de articulações que o sustentam, segundo uma força à medida de cada uma das partes, realiza o seu crescimento como Corpo, para se construir a si próprio no amor.
(EF 4, 1-16)
Interiorização


Naquele dia o Senhor Deus mandou a sua misericórdia,
e um cântico que encheu a noite.
Eis o dia que o Senhor fez;
exultemos e alegremo-nos com ele.
Porque nos foi dado o santíssimo e dilecto Menino,
e por nós nasceu durante uma viagem
e foi deitado num presépio,
por não haver lugar para ele na estalagem.
Glória a Deus no mais alto dos céus,
e na terra paz aos homens de boa vontade.
Oferecei-Lhe o vosso corpo para levar a sua santa cruz
e segui até ao fim os seus mandamentos santíssimos. (OP,15)


Cântico: Abri as Mãos
Lá Lá7
Ré Mi Dó#- Fá#-
Abri as mãos e espalhai com toda a fé
Ré Mi Lá Lá7
E de graça a toda a gente, as sementes de Assis!
Ré Mi Dó#- Fá#-
Pautai caminhos com Jesus de Nazaré
Ré Mi Lá
E o mundo vai ficar bem mais feliz!

Lá- Mi Lá-
Sê a semente que é urgente germinar,
Ré- Sol
Sê o botão que espontâneo vai abrir,
Mi Lá-
Sê a espiga que vai ser o trigo bom
Ré- Mi
E à tua volta toda a gente vai sorrir!

E dá o beijo ao leproso que encontrares
E o Deus de Francisco encontrarás.
Foi aqui que ele se venceu e disfrutou
O tesouro que buscava e era a paz!

Como Francisco oferece Paz e Bem.
Do mundo inteiro, faz-te irmão universal.
Sê tu contraste e o mundo vai mudar,
Faz-te tudo para todos e sê sinal!

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