O nosso I Encontro de antigos jufristas realizou-se em Fátima, na casa dos Capuchinhos, nos dias 6 e 7 de Dezembro de 2008.
Começou pelas 14.30h com o acolhimento. Grandes reencontros, muitos abraços e muita alegria. Foi bom voltar a ver os irmãos e aquelas pessoas que tanto tinham marcado uma etapa da nossa vida.
Iniciamos com uma oração e alguma música.
Depois falamos…. Em grupos fomos debatendo aquilo que nos tinha levado a ir àquele Encontro. Falou-se de:
1. A Oração na nossa vida
2. Testemunho da caminhada que fizemos
3. Relações
4. Percurso Franciscano na família
5. Testemunho no futuro
Cada grupo tinha um elemento chamado observador/provocador. Este tinha como função provocar a conversa e observar o que se ia passando. Mais tarde, num género de mesa redonda, estes elementos relataram e resumiram o que as pessoas foram dizendo nos diferentes grupos. No final , em conclusão, o Sr. Padre Marques Novo deixou-nos algumas ideias.
Depois do jantar, fizemos a nossa oração e demos lugar ao descanso.
No Domingo o dia começou em grande. Juntamo-nos à Jufra, que se encontrava reunida na casa das Irmãs Concepcionistas, para fazermos a oração da manhã. Novamente os abraços e a alegria do reencontro. Foi muito gratificante este momento e ficou a certeza de que nenhum de nós, “os dinossauros” (como eles já nos apelidavam), deixou alguma vez de se sentir jufrista.
Voltamos para a casa onde nos esperava a nossa querida Irmã Maria Amélia Costa. “Como Franciscanos que profecia para hoje ?” foi o tema escolhido para nos interpelar. Deixo-vos alguns pensamentos deixados por ela:
- É preciso parar. É difícil, no meio do que temos para fazer todos os dias, arranjar tempo e ter a coragem de parar.
- Está a ser preparada uma grande Peregrinação Franciscana cujo slogan será “Ousar viver o Evangelho” para 2009. Deverá ser para qualquer um de nós uma obrigação de agenda pois algo de grande e diferente está a ser preparado.
- Algo de diferente está a acontecer…Temos de estar atentos e vigilantes.
- É o tempo de sair para o exterior, de dar testemunho, de anunciar o Evangelho…
- Temos de fazer o “inútil” (in+útil). É o tempo de não fazer nada (o nada como o peixe)
- A “crise” é o primeiro passo para a mudança
- Não podemos ter a nostalgia de recuperar a Jufra mas sim o discipulado. Tudo começa e acaba no tempo certo.
- Todos fomos jovens e bebemos da fonte. Agora é hora de convidar: “ Vinde ver…”
- Recordando o que aconteceu a Francisco na aprovação da Regra: “ Ninguém me disse o que havia de fazer, foi o Senhor…”. Ninguém nos irá dizer o que fazer, temos de ouvir o Pai.
- Temos de assumir a vida
- Depois de um caminho com algum tempo, quem sabe o que pode surgir… quem sabe um movimento de casais que congregue os vários movimentos de casais que já existem. Algo de novo está a surgir… Temos de usar os meios ao nosso alcance como é a Internet para sabermos o que se está a fazer ao nível de todas as congregações e da Família Franciscana.
- Temos de olhar com gratidão o passado, viver o presente com os “pés na terra” e abrirmo-nos com confiança ao que vem aí.
- Temos de reafirmar a firme vontade de permanecer ( não é difícil começar mas sim permanecer apesar das dificuldades)
- Temos de beber de Francisco e do Evangelho.
- Temos uma gloriosa história a recordar mas também temos de começar a narrar outra história que hoje começa. Nunca no nosso tempo foi mais urgente a Nova Evangelização.
- Temos de entrar no campo das relações que é o grande campo da Evangelização.
- É preciso morrer para que algo de novo nasça. Não podemos ter medo dos números; temos de apostar na qualidade.
- Temos um descontentamento global e tem de haver quem provoque fazendo perceber que estamos com os “pés na terra” mas a voar a grande altitude.
- Estamos numa sociedade de novas escravidões (beleza, moda,…); A nossa época é muito parecida com o século XIII em que viveu Francisco. Na idade média era a “fuga mundi” e hoje são as “fugas mundi”. Hoje é a cultura do sofá e da cama. Temos de acordar e fazer acordar.
- Precisamos de ler e de nos formarmos para podermos provocar.
- Francisco não pertence a ninguém.
- Francisco tem a resposta para o problema nº1 do Século XXI – a superficialidade. A grande alerta hoje é para a profundidade.
- Hoje a “crise” não é de vocações, é de identidade. O jovem hoje não realiza a sua vocação, mas aquilo que a sociedade lhe permite.
- Era bom que nos dissessem: “quando te vejo fazes-me lembrar alguém…”. Deveriamos fazer lembrar Francisco.
- A vida é difícil. Temos de fazer o impossível. Para viver com coerência, a vida é muito difícil.
- Hoje há uma “crise” de afectos.
- Foram várias as propostas de formação como é o caso das Escolas de Leigos.
Depois das várias provocações da nossa Irmã Mª Amélia, alguns de nós manifestaram-se porque não tinham ficado com nenhuma formulação para aquilo que deveríamos fazer. Este Encontro não valeria a pena se nada ficasse marcado. Não sabemos o que vai acontecer mas queremos continuar o nosso caminho de busca. Para já, e depois da nossa Eucaristia, marcamos uma data e um local. A zona Norte reunir-se-á no dia 31 de Janeiro, na Igreja nova de Paranhos. Este encontro começará às 12.30h com um almoço partilhado e foi sugerido terminar com a nossa participação na Eucaristia da paróquia às 19h. Todas as pessoas que queiram participar deverão fazê-lo. A zona Sul deverá reunir-se no mesmo dia mas a data e local ficarão sujeitos a alteração por haver pessoas que manifestaram vontade de estar presentes que não estavam ali.
2 comentários:
Não pude estar...
Apenas senti os ecos...
Guardo uma frase do que li " Tudo começa e acaba no tempo certo..."
Será que conseguimos perceber isso?
Gostaria de exprimir o que me vai na alma depois de ver este blog, mas não consigo. Tal é o turbilhão de emoções e sentimentos!
Os anos passam mas só para alguns... A querida Sãozinha e o Berto (creio não estar enganada!) contínuam lindos e ternurentos... para não falar nas Irmás Franciscanas e tantos outros que reconheci nas fotografias... Que bom é voltar a "vê-los"! Bem hajam!
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