sábado, 20 de dezembro de 2008
Um Santo Natal
Testemunho
O nosso I Encontro de antigos jufristas realizou-se em Fátima, na casa dos Capuchinhos, nos dias 6 e 7 de Dezembro de 2008.
Começou pelas 14.30h com o acolhimento. Grandes reencontros, muitos abraços e muita alegria. Foi bom voltar a ver os irmãos e aquelas pessoas que tanto tinham marcado uma etapa da nossa vida.
Iniciamos com uma oração e alguma música.
Depois falamos…. Em grupos fomos debatendo aquilo que nos tinha levado a ir àquele Encontro. Falou-se de:
1. A Oração na nossa vida
2. Testemunho da caminhada que fizemos
3. Relações
4. Percurso Franciscano na família
5. Testemunho no futuro
Cada grupo tinha um elemento chamado observador/provocador. Este tinha como função provocar a conversa e observar o que se ia passando. Mais tarde, num género de mesa redonda, estes elementos relataram e resumiram o que as pessoas foram dizendo nos diferentes grupos. No final , em conclusão, o Sr. Padre Marques Novo deixou-nos algumas ideias.
Depois do jantar, fizemos a nossa oração e demos lugar ao descanso.
No Domingo o dia começou em grande. Juntamo-nos à Jufra, que se encontrava reunida na casa das Irmãs Concepcionistas, para fazermos a oração da manhã. Novamente os abraços e a alegria do reencontro. Foi muito gratificante este momento e ficou a certeza de que nenhum de nós, “os dinossauros” (como eles já nos apelidavam), deixou alguma vez de se sentir jufrista.
Voltamos para a casa onde nos esperava a nossa querida Irmã Maria Amélia Costa. “Como Franciscanos que profecia para hoje ?” foi o tema escolhido para nos interpelar. Deixo-vos alguns pensamentos deixados por ela:
- É preciso parar. É difícil, no meio do que temos para fazer todos os dias, arranjar tempo e ter a coragem de parar.
- Está a ser preparada uma grande Peregrinação Franciscana cujo slogan será “Ousar viver o Evangelho” para 2009. Deverá ser para qualquer um de nós uma obrigação de agenda pois algo de grande e diferente está a ser preparado.
- Algo de diferente está a acontecer…Temos de estar atentos e vigilantes.
- É o tempo de sair para o exterior, de dar testemunho, de anunciar o Evangelho…
- Temos de fazer o “inútil” (in+útil). É o tempo de não fazer nada (o nada como o peixe)
- A “crise” é o primeiro passo para a mudança
- Não podemos ter a nostalgia de recuperar a Jufra mas sim o discipulado. Tudo começa e acaba no tempo certo.
- Todos fomos jovens e bebemos da fonte. Agora é hora de convidar: “ Vinde ver…”
- Recordando o que aconteceu a Francisco na aprovação da Regra: “ Ninguém me disse o que havia de fazer, foi o Senhor…”. Ninguém nos irá dizer o que fazer, temos de ouvir o Pai.
- Temos de assumir a vida
- Depois de um caminho com algum tempo, quem sabe o que pode surgir… quem sabe um movimento de casais que congregue os vários movimentos de casais que já existem. Algo de novo está a surgir… Temos de usar os meios ao nosso alcance como é a Internet para sabermos o que se está a fazer ao nível de todas as congregações e da Família Franciscana.
- Temos de olhar com gratidão o passado, viver o presente com os “pés na terra” e abrirmo-nos com confiança ao que vem aí.
- Temos de reafirmar a firme vontade de permanecer ( não é difícil começar mas sim permanecer apesar das dificuldades)
- Temos de beber de Francisco e do Evangelho.
- Temos uma gloriosa história a recordar mas também temos de começar a narrar outra história que hoje começa. Nunca no nosso tempo foi mais urgente a Nova Evangelização.
- Temos de entrar no campo das relações que é o grande campo da Evangelização.
- É preciso morrer para que algo de novo nasça. Não podemos ter medo dos números; temos de apostar na qualidade.
- Temos um descontentamento global e tem de haver quem provoque fazendo perceber que estamos com os “pés na terra” mas a voar a grande altitude.
- Estamos numa sociedade de novas escravidões (beleza, moda,…); A nossa época é muito parecida com o século XIII em que viveu Francisco. Na idade média era a “fuga mundi” e hoje são as “fugas mundi”. Hoje é a cultura do sofá e da cama. Temos de acordar e fazer acordar.
- Precisamos de ler e de nos formarmos para podermos provocar.
- Francisco não pertence a ninguém.
- Francisco tem a resposta para o problema nº1 do Século XXI – a superficialidade. A grande alerta hoje é para a profundidade.
- Hoje a “crise” não é de vocações, é de identidade. O jovem hoje não realiza a sua vocação, mas aquilo que a sociedade lhe permite.
- Era bom que nos dissessem: “quando te vejo fazes-me lembrar alguém…”. Deveriamos fazer lembrar Francisco.
- A vida é difícil. Temos de fazer o impossível. Para viver com coerência, a vida é muito difícil.
- Hoje há uma “crise” de afectos.
- Foram várias as propostas de formação como é o caso das Escolas de Leigos.
Depois das várias provocações da nossa Irmã Mª Amélia, alguns de nós manifestaram-se porque não tinham ficado com nenhuma formulação para aquilo que deveríamos fazer. Este Encontro não valeria a pena se nada ficasse marcado. Não sabemos o que vai acontecer mas queremos continuar o nosso caminho de busca. Para já, e depois da nossa Eucaristia, marcamos uma data e um local. A zona Norte reunir-se-á no dia 31 de Janeiro, na Igreja nova de Paranhos. Este encontro começará às 12.30h com um almoço partilhado e foi sugerido terminar com a nossa participação na Eucaristia da paróquia às 19h. Todas as pessoas que queiram participar deverão fazê-lo. A zona Sul deverá reunir-se no mesmo dia mas a data e local ficarão sujeitos a alteração por haver pessoas que manifestaram vontade de estar presentes que não estavam ali.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Oração da Noite
Ré Lá7
Deixa Deus entrar na tua própria casa
Ré Si-
Deixa-te tocar pela sua Graça
S i Mi -
Dentro, em segredo, reza-Lhe sem medo
Re Lá Lá Ré
Senhor! Senhor! Que queres que eu faça?
Ré Sol -
Só no fundo do ser eu vou encontrar
Mi - Lá
As razões de viver, as razões de amar
Ré
É bem dentro de nós que está a rai z
Lá
Que nos faz amar e ser fel i z .
Tanta coisa me impede de O escutar
Me desvia da meta que me propus
Vou ter a coragem de O deixar ent r a r
Vou segui r o clarão da Sua Luz!
Vou consentir que o Seu olhar de Amor
Se fixe em mim e eu me deixe olhar
Eu vou-me abr i r n um acto l i v re ao Senhor
Eu vou ser de Deus, vou deixá-lo ent ra r .
Leitura
Conhecimento e Amizade com São Francisco
Ouvindo falar de Francisco, cujo nome se ia tornando célebre e que, como homem novo, renovava com novas
virtudes o caminho da perfeição tão abandonado pelo mundo, desejou vê-lo e escutá-lo. Neste propósito era movida
pelo Pai dos Espíritos (Heb 12, 9), que, por diversos caminhos, a ambos conduzia.
Na verdade a fama de tão prendada menina, despertou em Francisco a vontade de a ver e de com ela dialogar.
Levado de zelo pelo Reino, alimentava a esperança de arrebatar esta
tão nobre presa à perversidade do século (Gal 1, 4) e entregá-la ao seu
Senhor. Visitava-a ele, e ela mais vezes a ele. Mas as visitas eram
espaçadas, não dando azo a que qualquer pessoa se apercebesse
daquela santa amizade e se corresse o risco de ser desacreditada na
opinião pública. Quando Clara saía de casa e se encontrava a sós com
o homem de Deus, cujas palavras a inflamavam e cujas obras lhe
pareciam sobre-humanas, era acompanhada somente por uma amiga.
O Pai São Francisco exortava-as a desprezar o mundo. Demonstravalhe
com vivacidade como é ilusória a esperança terrena e insensatos
os atractivos mundanos. Procurava convencê-la da doçura da união
esponsal com Cristo e convidava-as a guardar a jóia da virgindade para
Aquele ditoso Esposo que por nosso amor se fez homem.
Para quê mais insistências? Seguindo as solicitações do Pai
Santíssimo que nela actuava como do fidelíssimo e hábil mediador, a
virgem não tardou a dar o seu consentimento.
Depressa se sentiu atraída pelas eternas alegrias, cujo sabor supera em muito os gozos mundanos. Ardia no desejo
de as alcançar e ansiava, por amor, a união suprema. Inflamada pelo fogo celeste, olhava a vaidade das glórias
terrenas com tal desprezo que nenhum atractivo mundano lhe enchia o coração. Abominando as seduções da
carne, propôs-se desde logo renunciar ao casamento (Sab 3, 13). Não tinha outro desejo senão fazer do seu corpo
um templo para Deus e ser merecedora da união com o grande Rei.
Confiava-se inteiramente aos conselhos de Francisco, escolhendo-o, depois de Deus, para mestre na sua
caminhada. A sua alma dependia dos prudentes conselhos deste e ouvia e acolhia em seu ardente coração tudo
quanto lhe comunicava sobre o bom Jesus. Perdeu o gosto pelos ornamentos mundanos e para ganhar a Jesus
Cristo, considerava esterco (Fil 3, 8) tudo o que o mundo aplaude.
(Fontes de Santa Clara)
Silêncio/Interiorização
Necessito de ti Senhor!
Porque sem Ti a minha vida seca.
Queria encontrar-Te na oração,
na tua presença inconfundível,
durante esses momentos em que o silencio
está à minha frente, diante de Ti.
Queria procurar-Te!
Queria encontrar-Te no mundo que criaste;
Na transparência de um horizonte longe
e na profundidade de um bosque
que protege com as suas folhas
todas as pessoas.
Precisava de te sentir!
Queria encontrar-Te nos teus sacramentos,
no reencontro com o teu perdão,
ao ler a tua palavra,
no mistério da tua entrega radical.
Precisava de te sentir!
Queria encontrar-te em todas as pessoas
na necessidade de quem se sente pobre
no amor dos meus amigos,
no sorriso de uma criança
e no barulho da multidão.
Tenho que Te ver!
Queria encontrar-Te, ainda, na minha pobreza,
nas capacidades que me deste,
nos meus desejos e sentimentos,
no trabalho e no descanso,
e um dia, na debilidade da minha vida,
quando me aproximar das portas
e me encontrar pessoalmente contigo.
(Teilhard de Chardin)
Cântico: O meu dia chegou ao fim
Dó F á S o l
Mãe, o meu dia chegou ao fim
Dó Mi Lá-
Sinto uma paz dentro de mim
Ré- Fá Sol
E estou feliz no meu cansaço:
Dó Fá Sol
Mãe, por tudo o que eu fui e dei
Dó Mi Lá-
Leva o meu obrigado ao Pai
Ré- Fá Dó
Enquanto fico em teu regaço.
F á Sol Dó
Aqui, vou encontrar o que procuro
Lá- Ré- Sol
Mais energia para dar e para ser.
F á Sol Dó
Mãe! Confio-me a Ti , és meu seguro
Ré- Fá Sol
E sinto bem que Tu me estás a Acolher
Aqui, o abandono fi l i a l
Vou aprender e em teu colo experimenta r .
Mãe! Confio a t i o meu Ideal
E sinto bem que tu me estás a Transformar!
Aqui, tu me preparas para a Missão
Seara enorme, paciente, a esperar
De novo faço a minha consagração
Sei que amanhã voltar-me-ás a env i a r .
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Oração Inicial
O que realmente lhe interessava era o presente, que nos modela e define; dito de outra maneira, viver o presente é definitivo, porquanto é no tempo presente que encaixam as nossas opções para conseguirmos ser o que sonhamos. Daí o facto de estarmos sempre a começar, a decidir a rota do nosso caminho, o destino do nosso futuro.
Francisco entendeu a sua vida como uma resposta agradecida ao chamamento criador do Senhor. E a esse chamamento, sempre novo e renovador, que se escuta no presente, só na actualidade se lhe pode dar resposta. Por isso, procurou, dia a dia, a melhor forma de ser fiel a esse projecto que se manifestava como a vontade actualizada de Deus sobre a forma e o destino da sua vida.
O presente era para ele esse momento da graça em que podia esquecer o seu velho passado e modelar livremente o seu futuro de acordo com a novidade que o seguimento de Jesus lhe inspirava.
Por isso, não estranha que os seus contemporâneos tenham visto em Francisco esse homem novo que incarnava a frescura do Evangelho e despertava a necessidade de começar a viver o quotidiano de uma forma nova. Uma novidade que se caracterizava pelo abandono e pastoreio dos próprios desejos para caminhar com entusiasmo ao encontro de Deus e dos outros.
Mas, de Francisco, podia dizer-se que não só era o homem novo como também o homem do futuro, dado que nele se reflectia o ideal cristão, o que todos queriam e desejavam ser.
A novidade que Francisco apresenta ao homem do seu tempo, embora valorize o presente como fundamental, é que essa nova forma de viver também tem futuro, pelo que é a chave do entendimento entre os homens.
O novo modo de ter uma experiência de Deus e, por conseguinte, do ser humano -com a sua carga de dignidade e respeito - o mesmo que à natureza, da qual formamos parte, constitui a garantia de que não estávamos condenados a viver só o presente mas que temos vocação de futuro onde possamos projectar nossos sonhos e vê-los, um dia, plenamente realizados.
Francisco, como homem novo que tem futuro, convida-nos a começar todos os dias a nossa tarefa de viver o nosso projecto evangélico. Porque esperamos?
(Frei Júlio Mico)
Cântico: Deixa Deus entrar
Ré Lá7
Deixa Deus entrar na tua própria casa
Ré Si-
Deixa-te tocar pela sua graça
Si Mi-
Dentro, em segredo, reza-Lhe sem medo
Re Lá Lá Ré
Senhor! Senhor! Que queres que eu faça?
Ré Sol-
Só no fundo do ser eu vou encontrar
Mi- Lá
As razões de viver, as razões de amar
Ré
É bem dentro de nós que está a raiz
Lá
Que nos faz amar e ser feliz.
Tanta coisa me impede de O escutar
Me desvia da meta que me propus
Vou ter a coragem de O deixar entrar
Vou seguir o clarão da Sua Luz!
Vou consentir que o Seu olhar de Amor
Se fixe em mim e eu me deixe olhar
Eu vou-me abrir num acto livre ao Senhor
Eu vou ser de Deus, vou deixá-Lo entrar.
Leitura:
1Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois, a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes; 2com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor, 3esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; 5um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos. 7Mas, a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo. 8Por isso se diz: Ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro, deu dádivas aos homens. 9Ora, este «subiu» que quer dizer, senão que também desceu às regiões inferiores da terra? 10Aquele que desceu é precisamente o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, a fim de encher o universo. 11E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres, 12em ordem a preparar os santos para uma actividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo, 13até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo. 14Assim, deixaremos de ser crianças, batidos pelas ondas e levados por qualquer vento da doutrina, ao sabor do jogo dos homens, da astúcia que maliciosamente leva ao erro; 15antes, testemunhando a verdade no amor, cresceremos em tudo para aquele que é a cabeça, Cristo. 16É a partir dele que o Corpo inteiro, bem ajustado e unido, por meio de toda a espécie de articulações que o sustentam, segundo uma força à medida de cada uma das partes, realiza o seu crescimento como Corpo, para se construir a si próprio no amor.
(EF 4, 1-16)
Interiorização
Naquele dia o Senhor Deus mandou a sua misericórdia,
e um cântico que encheu a noite.
Eis o dia que o Senhor fez;
exultemos e alegremo-nos com ele.
Porque nos foi dado o santíssimo e dilecto Menino,
e por nós nasceu durante uma viagem
e foi deitado num presépio,
por não haver lugar para ele na estalagem.
Glória a Deus no mais alto dos céus,
e na terra paz aos homens de boa vontade.
Oferecei-Lhe o vosso corpo para levar a sua santa cruz
e segui até ao fim os seus mandamentos santíssimos. (OP,15)
Cântico: Abri as Mãos
Lá Lá7
Ré Mi Dó#- Fá#-
Abri as mãos e espalhai com toda a fé
Ré Mi Lá Lá7
E de graça a toda a gente, as sementes de Assis!
Ré Mi Dó#- Fá#-
Pautai caminhos com Jesus de Nazaré
Ré Mi Lá
E o mundo vai ficar bem mais feliz!
Lá- Mi Lá-
Sê a semente que é urgente germinar,
Ré- Sol
Sê o botão que espontâneo vai abrir,
Mi Lá-
Sê a espiga que vai ser o trigo bom
Ré- Mi
E à tua volta toda a gente vai sorrir!
E dá o beijo ao leproso que encontrares
E o Deus de Francisco encontrarás.
Foi aqui que ele se venceu e disfrutou
O tesouro que buscava e era a paz!
Como Francisco oferece Paz e Bem.
Do mundo inteiro, faz-te irmão universal.
Sê tu contraste e o mundo vai mudar,
Faz-te tudo para todos e sê sinal!
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Fotografias do 1º Encontro
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